quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

Certified Scrum Master – como é o processo para a certificação?

Ser um Certified Scrum Master (CSM) não é muito difícil. Basta fazer um curso por um Certified Scrum Trainer (CST) e no final responder uma média de 36 questões enviadas pela ScrumAlliance. E então, você é um Certified Scrum Master.


E pra que serve?

Ela é criticada por profissionais de TI, mas existem duas coisas importantes para analisar antes de criticar:

  • Se você já tem um bom nome no mercado e você é o valor da sua empresa em si, não vai precisar de certificação nenhuma. Exemplo? Pessoas como Eike Batista e Steve Jobs podem abrir uma empresa amanhã e ela já começa com um valor X, só porque eles são os dirigentes e seus clientes não querem saber se a empresa deles tem profissionais certificado YHY. Isso porque a confiança é toda depositada neles e quem a deposita conhece o perfil de cada um e sabe o do seu nível de qualidade. Não precisa de nenhum órgão para testar isso, pois eles por si são os órgãos;
  • Agora o contexto dois, no qual está a maioria de nós, pobre mortais. Aquele profissional que não tem esse valor todo no mercado e que precisa que algum órgão respeitado diga: “esse cara tem os conhecimentos mínimos; nos o certificamos” para conseguir vender seu produto. E então você precisa vender o seu certificado para ganhar alguns tipos de cliente. E é pra isso existem as certificações: para aproximar novos clientes incertos do seu serviço. Esta é a realidade do mercado, seja aqui no Brasil ou lá fora – claro com algumas particularidades de cada país, mas é muito similar.
Em resumo, se amanhã você pretende atuar como um consultor Agile, e um mercado já consolidado com seu nome impresso, ter as certificações pode te ajudar com os seus primeiros clientes.

A diferença

Este é o diferencial do CSM: ao sair do curso você não é Scrum Master. Por quê? Simples, você não compra liderança, motivação de equipe, etc. Você desenvolve essas habilidades e são os pontos chaves para atuar como um Scrum Master – pouco importa se você é ótimo em Java, ou .NET, mas se não sabe lidar com equipe, remover as barreiras, ou ter um bom relacionamento, você está perdido. Agora vem a sensação de outras certificações, como Java e algumas do PMI, que ao terminar você olha e pensa: “mas eu estudei isso e aquilo. Agora eu sei exatamente como fazer X. Já sei usar generics e entendi threads, ou aprendi como calcular custo do projeto com menos erros, depois da prova PMI xxx”.
Quem for fazer certificação Agile deve esquecer qualquer uma dessas sensações – pelo contrário! Você sai de lá com mais dúvidas e mais confuso ainda. No início achei meio estranho, porém com o passar de um ou dois dias achei que isso era um ponto-chave excelente, pois fiquei motivado a buscar como resolver aquelas confusões e para isso tinha que estudar mais, aumentar o faturamento da Amazon.com, etc. E quando fazemos as certificações tradicionais isso não acontece. Afinal, após termos sido aprovados, temos a falsa segurança que dominamos o assunto e nem abrimos mais o livro de estudo.  E então começamos outra jornada: o esquecimento daquilo que não se usa com frequência.

O treinamento

São dois dias de treinamento, no qual abordam os pontos core de Scrum, com conceitos teóricos, práticos e cases. Há muita discussão e aprendizado nesses dois dias. Não é um curso comum; o aprendizado é grande e muito valioso. E sabe por quê? Vou responder a seguir.

A sacada da ScrumAlliance

É fácil criticar quando não conhecemos, mas a ScrumAlliance fez algo que achei interessante. Ser um CST não é para qualquer um. Ou seja, só quem teve e tem vivência pratica em Agile pode ser um CST. E isso garante que o conteúdo do curso será com um profissional que tem conhecimento e experiência de fato (ou seja, teve muito conflitos para resolver). E isso enriquece todo o curso de uma forma que é difícil descrever. Na maioria da faculdade temos professores “doutores” que nunca tiveram uma experiência profissional e assim, o o curso só fica no meio acadêmico. Mas quando o aluno chega ao mercado vê que a coisa é bem diferente. No treinamento da ScrumAlliance isso não tem como acontecer.

Ao sair do curso

Bem, ao sair do curso não dá para ter a síndrome do estudante e achar que é o ScrumMaster. Talvez, os menos experientes profissionalmente possam sair com essa síndrome. A certificação não prova que você tem todas as habilidades de ScrumMaster expert. Porém, é esperado que o aluno tenha o conhecimento suficiente para rodar uma Scrum, mas isso não quer dizer que ele vai conseguir rodar bem ou vai rodar a melhor Scrum do mundo. No curso você percebe se é aquilo o que de fato que deseja para você. O framework Scrum deixa transparente o papel e o que um SM vai viver no dia-dia sem maquiagem.

Compensa?

Essa é pergunta que muitos fazem. Bom, responderia dizendo que sim. É um bom curso, com aprendizado diferenciado, baseado em experiência e case e não é só formado por conteúdo teórico. É como o meu CST, Michel Goldenberg, falou: “se fosse teórico e explicar o que já tem no Wikipedia, ninguém precisava estar aqui, pois isso já está disponível de graça”.

Valor do investimento

R$ 1.950,00. É isso que você vai ter que investir. Não posso dizer que é um valor fácil. A única coisa que invisto sem estar muito preocupado é no conhecimento, então nunca vejo um investimento em conhecimento como perdido. Mesmo se um dia fizer um curso e ele for ruim, eu vou conseguir aprender algo com ele. Do lado negativo sempre dá pra tirar algo de positivo para o seu aprendizado, mesmo que não seja no conteúdo do curso.

O mercado

Como o mercado vai ver essa certificação? Da mesma forma que ele vê as demais – talvez essa aqui ainda pior, porque um dos problemas ainda existentes é saber se quem analisa sabe interpretar e conhecer o curso e como ele qualifica o aluno.

Conclusão

Foi um curso muito produtivo, conheci pessoas diferentes, o Michael é de fato um cara muito experiente e com uma boa didática. Ele fez o que pouco fazem, ensina o porquê das coisas. Como eu não sou muito preso a esses papéis de parede, faria o curso mesmo sem certificado – não estou muito preocupado com ele, exceto se eu precisasse vender para um cliente que gosta de ver esses títulos “in english” de preferência.
Fonte: http://imasters.com.br/artigo/24284/agile/certified-scrum-master--como-e-o-processo-para-a-certificacao?trace=1519021197&source=single

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

Kanban e a facilidade visual


  A capacidade do cérebro de processar informações visuais é muito maior do que a de processar informações textuais. Usando o Kanban é possível ver todo o trabalho e entender com mais facilidade quais tarefas precisam ser realizadas e quais já foram cumpridas. Assim a ferramenta permite que vc observe o fluxo e consiga identificar gargalos e  filas.

  Quando você olha para seu processo graficamente, fica mais fácil organizar e limitar a quantidade de tarefas em processo ou inacabadas e com isso priorizar atividades. Outra grande vantagem do Kanban é que ele facilita a troca de informações, contribuindo para uma cultura de colaboração dentro da empresa.Você vai notar que, conforme for usando o Kanban, conseguirá detectar problemas escondidos, atrasos e falhas em sua gestão. Assim, essa é uma ferramenta que também te ajuda a encontrar soluções mais eficientes e melhorar seus processos.

   Essa ferramenta é muito útil tanto para grandes indústrias, como para pequenas e médias empresas. Afinal, mesmo que você tenha uma startup, o ritmo de vida e de produção imposto pelo mercado exige das empresas muita eficiência nos processos.O Kanban pode ser usado, por exemplo, para te ajudar no controle de estoque, e também para acompanhar processos ligados à serviços e atendimentos de demanda ou para gerir o seu funil de vendas.

   Para você aplicar o kanban nos processos da sua empresa é preciso, antes de mais nada, engajar toda a sua equipe. Ora, se é um sistema que funciona justamente por ser simples de manejar e alterar informações, todos devem saber como operar ele e participar ativamente desse fluxo. É responsabilidade de cada um manter o painel escolhido sempre atualizado e completo.

Fonte:https://endeavor.org.br/kanban/

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

A Ideia Central do Kanban

  O Kanban é baseado numa ideia muito simples. As Atividades em andamento devem ser limitadas. Algo novo só deve ser iniciado quando uma peça de trabalho existente é liberada ou quando uma função automática inicia isso.

  O Kanban, ou cartão de sinalização, é um sinal visual produzido indicando que novo trabalho pode ser iniciado e que a atividade atual não coincide com o limite acordado. Isso não soa muito revolucionário nem parece afetar profundamente o desempenho, cultura, capacidade e maturidade de uma equipe e a organização na qual está inserida. Mas o impressionante é que afeta! O Kanban parece uma mudança pequena e, no entanto, muda tudo a respeito de uma empresa.

  O que percebemos sobre o Kanban é que ele é uma abordagem para mudança gerencial. Ele não é um processo ou ciclo de vida de gerenciamento de projetos ou de desenvolvimento de software. O Kanban é uma abordagem para introduzir mudanças em um ciclo de desenvolvimento de software ou metodologia de gerenciamento de projetos. O princípio do Kanban é que você inicia com o que estiver fazendo agora. Você entende seu processo atual ao mapear o fluxo de valor e ao concordar, em seguida, em limitar as Atividades em andamento (do inglês WIP) para cada estágio desse processo. A partir daí você começa a rastrear as atividades pelo sistema para iniciá-las quando os sinais do Kanban aparecerem.

  O Kanban tem sido útil para equipes ágeis de desenvolvimento de software, mas tem ganhado popularidade, igualmente, em equipes que utilizam uma abordagem mais tradicional. Ele está sendo introduzido como parte de uma iniciativa Lean (enxuta) para moldar a cultura das organizações e encorajar a melhoria contínua.Porque o WIP é limitado em um sistema Kanban, tudo que fica bloqueado por qualquer motivo tende a parar o sistema.Se certa quantidade de itens de trabalho fica bloqueada, todo o processo pára de funcionar. Isso cria a necessidade de concentrar toda a equipe e toda a empresa na solução do problema para desbloquear o item e restaurar o fluxo.

Fonte: https://www.infoq.com/br/minibooks/kanban-scrum-minibook